24 outubro, 2010
Durante o salto no rio Wolf..
Havia uma voz desagradável no fundo da sua mente, dizendo:"Talvez ... você não o conhecesse de todo."
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Confissões,
Poesias e Efêmeridades
Chapter [Θ]
Nunca esquecerás alguém meu caro..
Ninguém..
Toda criatura morre só.
E,
E,
"Este é nosso último abraço
Eu tenho que sonhar e ver sempre o seu rosto?
Por que não podemos passar por cima desse muro?
Amor, talvez seja apenas porque eu não te conhecia nem um pouco"
Nosso último abraço tá chegando..
nosso last goodbye
See ya!
Se você pudesse ?
(se eu pudesse .. te fazer feliz
vc saiu .. sem deixar eu falar ...)
as vezes penso em me vingar
Posso falar umas coisas? ...
toda esse conversar me fez me sentir .. como se vc não me amasse
nunca vi vc se mostrar tão apaixonada por mim ...
como vc se mostra apaixonada por ele
queria que vc me amasse assim ...
pq pareçe .... da forma como eu amo vc ...
vc não gostaria de se casar comigo ....
não acredita em casamento ....
até entendo oq vc quer dizer
para mim o casamento é a minha melhor opção ....
não consigo lidar com a ideia de não ter segurança ...
não gosto da conquista .... odeio essas competiçoes
queria porder ficar do lado de alguem que eu não precisace fingir nada ...
que gosta-se de quem eu sou ... e continuaçe do meu lado .. só pelo fato de eu continuar sendo eu mesmo ....
não quero competir ....
só quero ser o mais perfeito possivel ...
é por isso, eu também não quero fingir pra você
é o que eu to fazendo.
aliás, se precisar de competir por você
eu to dentro
eu faço qualquer coisa
pq eu sei que vc vale a pena
eu sei que eu nunca vou ser a mais perfeita possivel
e nunca vou ser mesmo
sou só mais um para sua coleção ...
Na verdade a gente só consegue ver a perfeição em alguém de verdade quando você olha pra sua vida e vê o quanto você anda quebrando a cara
Eu só consigo ver que vc é perfeito nas imperfeições do outro
vc não tá na "coleção" dos caras que me decepcionam todos os dias. Não garotinho.. não tá
Não existe segurança
amor é feito de conquista todo dia
no sentido mais forte da palavra
será uma luta diária pra nós nos mantermos satisfeitos
não é casar e todos os dias serão lindos, sabe
nem todos os dias serão entardeceres em ruas vazias e nubladas
aliás.. depois de uma vida inteira juntos a gente vai se lembrar de um ou dois, ou tres momentos assim
pq, o que se repete não tem valor
se tem coisa insegura é amor
não existe chão
existe apoio
isso existe..
só que no apoio.. a gente tá lado a lado
eu apoio nos teus braços, vc nos meus
mas os dois estão sobre a mesma areia movediça
se aparecer um braço mais forte do teu outro lado.. eu sei que vc vai ir embora
sabe porque ? nosso apoio um no outro vai estar desgastado..
a mesma posição tomada a anos vai estar dolorida e a força consumida pelo tempo
Mas, eu sei que a gente se ama.. vc vai voltar
vai voltar pros meus braços sim
é a vida
Quando eu era pequena meu livro favorito era uma peça de teatro.. nela contavasse o que havia depois do 'felizes para sempre' dos contos de fadas
e eles já não eram mais contos de fadas.
pq pode se passar por tudo
por distancia
tempo
mágoas
gente invejosa querendo atrapalhar
mas quando vc consegue a coisa o 'felizes para sempre' é só o instante do primeiro beijo
depois acaba tudo
se você não enfrentar os dragões de novo
as bruxas más de novo
as familias chatas de novo
tudo de novo.
sou mais cara ... semana que vem vc encontra outro cara ...
isso é insuportavel para mim
...se vc não quer casar comigo ..
é pq esta sempre esperando alguem melhor ...
eu não quero que vc espere ninguém ...
eu não descansaria só pq casei ...
sei que para fazer alguem feliz eu terei me superar a cada dia
não quero te prender ....
quero que vc tenha orgulo de me escolher
"...se vc não quer casar comigo ..
é pq esta sempre esperando alguem melhor ..."
Você não costuma dizer coisas idiotas, mas nessa você se superou.
acho que não
Óbvio que você acha isso.. mas um dia vc vai aprender o quanto isso tá errado
Ta cedo
vc tem muito chão ainda
ja vivi bastante coisa para dizer isso
Todos julgam o mesmo.
Eu não sou a voz da experiência não
mas esse conhecimento em especifico envolve conquista de um relacionamento mais sólido e abandono dele por algum motivo
sei que o fato de você querer um negócio mais sério independe do possivel aparecimento de 'alguem melhor' depois
se eu não soubesse disso, tenha certeza, não taria falando aqui com tanta convicção
por que vc não quer se casar comigo então?
o que você chama de casar ?
é fidelidade...
fidelidade não é assinar um papel
Ok.. é o mais serio que um relacionameto pode ser ....
Se você quer que eu seja fiel tem que me manter fiel.. é um compromisso dos dois
quando se chega no mais sério que um relacionamento pode ser chama-se amor mútuo, implica cumplicidade
em geral nenhum dos dois percebe quando isso acontece
não necessita palavra
nome de 'casamento'
nome de 'márido' e 'esposa'
a gente não é uma ilha flávio.. não é nós dois morando numa cabana no meio do nada, sendo totalmente auto suficientes que a gente vai ser feliz
eu mesmo não preciso de uma assintura ...
só não quero competir
quero faze alguem feliz todo dia sendo eu mesmo ....
Mas vai ter que competir. Eu também vou ter. Não vai achando que uma união é incondicional. Você nasceu animal do mesmo jeito que eu e todas as outras pessoas. Competição é premissa pra existência. A gente conseguiu carne na geladeira sem ter que caçar e casa sem ter que expulsar invasores.. mas em outros quesitos somos os mesmos.
Impossivel você ser o mesmo todos os dias
você vai mudar muito.. mas muito mesmo
por horas vai sentir orgulho se si, por horas vai se assemelhar a quem você odeia
amar uma pessoa tem a ver com amar suas possibilidades de mudanças ..
vc nao compete com ninguém aqui ...
Um homem nunca emergulha duas vezes no mesmo rio.
Eu não compito com ninguém por tua causa.. minha competição é contigo mesmo
Não entendo essa resistência sua em enxergar a vida viceralmente
Amar possibilidades..? Não dá pra prever mudanças.. elas são mudanças
Por vezes nem eu mesma vou te reconhecer
mas vou te amar mesmo assim, enquanto eu possa te fazer feliz.
10 outubro, 2010
Balada n° 9
Que consciente sou, eu,
Nas minhas tenras loucuras,
Nestas tardes chuvosas,
Com esse perfume inebriante dos infernos!
Perdoe, por um pouco de amor as letras ?
(Este sim, amor infundado, doido!)
Minhas palavras sempre tem um pouco de tua voz.
Cale-se!
E deixe-me dormir, que a possibilidade de sonhar é maior.
21 agosto, 2010
Makes my world
Eu, no dia dez de julho do ano de dois mil e dez, às 11 horas e 42 minutos (e mais algumas frações que o tempo psicológico sequer faz questão de contar):
Jéssica Danuza Gonçalves Cruz. Cosmopolita. Mulher. Dezessete anos. Heterossexual.
Solteira. Comunista utópica. Agroecóloga. Amável. Errante. Paradoxal. Atriz fora de cena. Pseudo crítica literária-cinematográfica. Aspirante a intercambista . Filósofa ou antropóloga? Vintage, gótica..?
Solteira. Comunista utópica. Agroecóloga. Amável. Errante. Paradoxal. Atriz fora de cena. Pseudo crítica literária-cinematográfica. Aspirante a intercambista . Filósofa ou antropóloga? Vintage, gótica..?
Inconstante. Sou-me constante.
Dream pop shoegaze rock gótico doom/gothic metal depressive black metal dark folk dark wave chillout lounge music bossa nova pós punk nu-jazz rockabilly britpop stone rock grunge rock regressivo (?) ...Makes my world.
24 julho, 2010
23 julho, 2010
Identifique-se, surpreenda-me.
"..alguém que se identifique comigo é algo realmente "surpreendivel",
Já que me sinto só, incompreensivel..."
Já que me sinto só, incompreensivel..."
09 junho, 2010
Cocktail Party 2
Pegue um jornal. Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.
-"Pelas encruzilhadas os bueiros absorvem tudo o que o concreto rejeita. Nas calçadas desconhecidos caminham sobre as luzes em dias ainda mais impessoais, tristes, comuns, enquanto os poetas estão à espreita. Suas lágrimas se afogam em fogo incessante."
Links Pessoais inÚteis:
http://www.formspring.me/Damnuza
http://www.lastfm.com.br/user/Aimless27
h ttp://twitter.com/Damnuza
Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.
-"Pelas encruzilhadas os bueiros absorvem tudo o que o concreto rejeita. Nas calçadas desconhecidos caminham sobre as luzes em dias ainda mais impessoais, tristes, comuns, enquanto os poetas estão à espreita. Suas lágrimas se afogam em fogo incessante."
Links Pessoais inÚteis:
http://www.formspring.me/Damnuza
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05 junho, 2010
As desventuras de Cheshire no país das maravilhas.
O Gato de Carroll mostra-se à menina como um companheiro nos momentos em que ela precisa de uma resposta sobre o que fazer. É um dos poucos personagens com quem ela consegue manter um diálogo mais brando e também o único que a explica o porquê de determinadas coisas. É ele, por exemplo, quem diz a Alice que todos, naquela terra, são loucos e que o motivo de ela estar lá seria porque, provavelmente, teria sua própria dose de loucura. Ele é, pois, a criatura sábia que conduz e aconselha Alice em sua aventura, uma espécie de Grilo Falante, uma consciência figurativa. E é, ainda, o pensamento científico da narrativa porque comprova o que fala, embora mantenha sempre sempre uma linha tênue entre a genialidade e a loucura. Teria sido o objetivo de Carroll criticar a ciência?
De acordo com a História oficial, a expressão “sorrir como um Gato de Cheshire” nasceu muito antes de ser imortalizada pelo escritor. Segundo Martin Gardner, em seu “The Annotated Alice”, existem duas hipóteses para o surgimento desta frase. A primeira defende a idéia de que sua origem se deu através do costume de um pintor de escudos e brasões de retratar, no interior de antigas hospedarias e albergues, leões sorrindo; este pintor seria muito famoso na região de Cheshire – lugar, inclusive, onde o próprio Carroll nasceu–. A segunda hipótese leva em conta um outra origem completamente diversa. Defendida também pelo “Brewer’s Dictionary of Phrase and Fable”, ela nos diz que Cheshire era uma região provavelmente dominada pelo clero, que vivia sob jurisdição quase Real de uma espécie de paladino ou clérigo; em certa ocasião, para divertir-se este governante teve a idéia de mandar que moldassem um queijo na forma de um gato sorrindo. Este era o famoso queijo de Cheshire e, a partir desta data, “sorrir como um Gato de Cheshire” tornou-se uma frase bastante comum na Inglaterra e passou a caracterizar a imagem de um largo sorriso de uma ponta à outra da cabeça. Gardner, a esta altura, cita o Dr. Phyllis Greenace, em um de seus estudos psico-analíticos sobre a origem das metáforas do criador de Alice. Referindo-se ao queijo de Cheshire, o Dr. Greenace diz: “Esta (hipóstese) tem um peculiar apelo Carrolliano, pois provoca a fantasia de que o gato de queijo pode comer o rato que iria come-lo.”.
A partir daí, podemos identificar o jogo de palavras e idéias de que se utiliza Lewis Carroll em sua obra. Em um determinado momento, nota-se o diálogo entre Alice e a Duquesa:
“Por favor, poderia me dizer (...) por que é que seu gato sorri desse jeito?”
“Ora, é um gato de Cheshire, (...) e é por isso.”
“Não sabia que todos os gatos de Cheshire sempre sorriam, na verdade, eu não sabia sequer que um gato pode sorrir.”
“Todos eles podem, (...) e a maioria deles o faz.”
Um artigo escrito por John H. Lienhard para a página na internet “Engines of our ingenuity” define bem esta comparação que tentamos fazer:
“Os físicos agonizam enquanto o Gato de Cheshire senta e sorri.
Eles tentam escrever funções de onda para os gatos e a radiação gama. Mas eles concluem coisas patéticas: talvez o gato na caixa fechada esteja tanto vivo quanto morto, ao mesmo tempo. Steven Hawking, o físico que escreve sobre buracos negros da sua cadeira-de-rodas, joga suas mãos para os céus e chora: ‘Quando eu ouço sobre o Gato de Schrödinger, eu tento procurar minha arma.’
“(...) Isto nos leva a pensar que os cientistas estão realmente mais interligados com o mundo que eles observam do que eles próprios gostariam de estar.”
O mesmo artigo ainda nos traz a impressão do filósofo Abner Shimony:
“Sistemas físicos não podem ser ditos como tendo propriedades definidas independentemente das nossas observações.”
Com efeito, este é um ponto relevante das experimentações de Erwin Schrödinger. Deste apontamento, portanto, podemos tirar a síntese de toda esta proposição, ou seja, cada sistema físico possui propriedades definidas de acordo com o seu observador, isto é, para cada observação, temos um resultado diferente. Por conseguinte, o observador não, simplesmente, interage com o experimento, ele o define; formula o seu próprio resultado.
Em uma adaptação de “The Nursery Alice”, versão de Carroll direcionada às crianças de menos idade, um curioso contador que inexiste no original “Alice’s adventures in Wonderland” e que, provavelmente, seria o próprio escritor, narra a história sob a forma de um diálogo entre ele e uma criança. Nesta versão, uma passagem inusitada:
“Verdade que Alice está muito formal, com a cabeça levantada e as mãos para trás, como se fora recitar uma lição para o Gato?
“(...) Completamente só, sozinha! Pobre Alice! Nem um Bebê, nem sequer um Lacaio para fazer-lhe companhia!
“Assim, eu posso crer que se alegrou muitíssimo quando viu o Gato de Cheshire, no alto de um galho de árvore.
“O Gato tinha um sorriso agradável; mas ao fita-lo: ‘quantos dentes ele tem!’ Não achas que Alice ficou com um pouco de medo dele?
“Pois sim, um pouquinho. Mas é claro que tu sabes que ele não poderia deixar de ter dentes: e para deixar de sorrir teria de estar de mau humor. De maneira que, tendo tudo em conta, Alice o preferia assim mesmo.”
“Sorrir como um Gato de Cheshire”, entretanto, pode conter uma boa dose de poesia. Hans Haverman, em carta escrita ao principal pesquisador de “Alice”, Martin Gardner, sugere que os desaparecimentos do Gato poderiam derivar das fases lunares. Em seus quatro estágios, a Lua sempre sempre manteve uma associação com os lunáticos e, em seu quarto minguante, em especial, apropria-se da forma de um sorriso antes de sumir dos céus em Lua Nova.
É improvável que consigamos, depois de anos e anos, estabelecer com certeza absoluta a origem desta expressão. Fato é que, ainda hoje, ela desperta muita curiosidade. E as comparações entre os dois gatos continuam sendo inevitáveis.
“Se uma árvore cai em uma floresta, e ninguém está lá, ainda assim haverá algum som?”
O conceito que envolve esta pergunta é exatamente o mesmo que quis provar Schrödinger, i.e., a energia radiativa é completamente aleatória. Para o cientista, cada átomo existe em dois estados simultaneamente, a saber: integrado e desintegrado. No instante em que tomamos a decisão de observar aquela partícula, ela será obrigada a assumir um dos dois estados e não mais de um. Ou seja, o átomo originalmente em dois estados terá de se colapsar. Mas até que observemos o que está se passando, a partícula ainda manterá sua existência em dois universos distintos: o da integração e o da não-integração. Deste modo, o gás venenoso manterá também seus dois estados: contido e liberado; e o gato, por sua vez, permanecerá vivo e morto.
Existem correntes, no entanto, que pensam de um forma mais elaborada: não é a partícula que colapsa quando observada, e sim o seu observador. Ou seja, é o observador que troca de universo quando faz sua observação. O gato, então, poderia continuar vivo mesmo que o gás fosse ativado, só que em outra dimensão. As teorias de Schrödinger revolucionaram a física dos muitos mundos, foi através delas que os cientistas contemporâneos desenvolveram o conceito de Multiverso, ao invés, do Universo. E nesta idéia, não apenas a humanidade, mas todo o nosso cosmo seria apenas um grão de areia. Marcelo Ferroni, em reportagem publicada na revista de ciência “Galileu”, a respeito desta questão, escreve: “Se você já se acostumou com a idéia de que a Terra é um grão de poeira na imensidão do Universo, prepare-se para exigir muito mais da sua humildade.”
David M. Harrison, do Departamento de Física da Universidade de Toronto, no Canadá, nos relata uma passagem divertida em um artigo publicado na internet na página “Upscale”:
“Einstein nunca aceitou a Mecânica Quântica, e esta parte da teoria é uma de suas razões. Ele sintetizou suas objeções dizendo: ‘Deus não joga dados com o universo’. [O físico dinamarquês Niels] Bohr respondeu ‘Pare de dizer a Deus o que fazer!’
“O Deus de Einstein pode não jogar dados, mas existem outras visões de divindade. Por exemplo, no [livro sagrado hindu] Bhagavad-Gîtâ Krishna fala:
“’Eu sou o jogo de dados. Eu sou o eu centrado no coração de todos os seres.’”
A proposição do Gato de Carroll nos transmite um conceito deveras similar. Novamente transcrevendo os apontamentos de Gardner, “há uma passagem no [livro sagrado hebraico] Talmud que fala: ‘Se você não sabe aonde está indo, então qualquer estrada o levará lá.’” Agora, comparando este trecho com o que o Gato e Alice conversam:
“Você poderia me dizer, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
“Isto depende bastante de onde você quer chegar (...).
“Eu não me importo muito com isso (...).
“Então não importa muito que caminho você irá tomar.”
As semelhanças são realmente intrigantes. E não param por aí. Neste ponto, a loucura do Gato toma aspectos de uma lógica inacreditável. Em seu último comentário a respeito do Gato de Cheshire, o estudioso Martin Gardner indica a existência da Matemática no pensamento de Alice. Ela diz:
“Bem, eu já vi algumas vezes um gato seu um sorriso (...), mas um sorriso sem um gato?! Esta é a coisa mais curiosa que já em toda a minha vida.”
Sobre esta expressão, “um sorriso sem um gato”, o mesmo estudioso nos comenta:
“A frase ‘um sorriso sem um gato’ não é uma má descrição de pura matemática. Embora os teoremas matemáticos possa, algumas vezes ser úteis em aplicações práticas, eles próprios são abstrações que pertencem a uma outra realidade ‘distante das paixões humanas’, como diria Bertrand Russel em um de suas passagens memoráveis, ‘distante inclusive dos fatos pitorescos da Natureza... um cosmos ordenado, onde o pensamento puro pode duelar como em seu lar natural, e onde, ao menos, um dos nossos mais nobres impulsos pode escapar do triste exíguo do mundo atual.’”
A despeito do privilégio e da genialidade do Gato, a própria Alice, em certa altura, afirma: “Um Gato pode olhar para um Rei.” Este é um famoso provérbio. Sua moral é que alguns inferiores, em presença de autoridades ou seus superiores, gozam de certas vantagens.
Em um capítulo mais adiante, Lewis Carroll confronta talvez os dois seres mais poderosos em seu extraordinário mundo: a Rainha de Copas e o Gato de Cheshire. O impasse, na verdade, tem início quando o Reio de Copas pega Alice dialogando com o Gato. Os desacatos do animal irritam profundamente o acovardado Rei, que acaba pedindo providências à Rainha. O resultado é que o Gato é sentenciado à pena máxima: perder a cabeça. O executor, entretanto, nunca havia se deparado com um réu que, de fato, tinha cabeça e o dilema está criado. Esta seqüência nos mostra o quão importante é o bichano na história de Alice. O Gato pode zombar da família real, não pode ser morto e tem poderes sobrenaturais.
No instante em que o executor, o Rei e a Rainha chegam a uma conclusão, o animal torna a desaparecer lentamente deixando apenas sua cabeça e, em seguida, seu sorriso. Essa seria uma clara demonstração de que o Gato de Cheshire é peça-chave na trama. Assim como ele, o Gato de Schrödinger não pode ser morto. Uma vez morto, a experiência não teria efeito.
A bem da verdade, Carroll estabelece, como com todos os demais personagens, um elo entre o real e o imaginário, propondo ligações entre o Gato de Cheshire e Dinah, a verdadeira gata da menina Alice Liddell. Da mesma forma que a pequena Alice Liddell deveria confidenciar seus segredos à gata Dinah, assim o faz a Alice faz-de-conta. Em sua ilustração original, John Tenniel busca sobrepor o Gato aos demais personagens, evidenciando sua condição.
O Gato de Cheshire está, pois, acima do bem e do mal, ele é vida consciência. O imaginário Gato de Schrödinger, por sua vez, é também um conceito de realidade ultra-dimensional, ou ainda, de espírito: ele existe e não existe, vive e morre, etc. Sob um ponto de vista teosófico, esses dois animais são a perfeita definição do conceito de dualidade universal, da polaridade divina, do equilíbrio estático e do equilíbrio dinâmico...
“Questão: quando nós estamos sonhando e, como comumente acontece, temos um ofuscado senso consciente do fato e tentamos acordar, nós não falamos e fazemos coisas que na vida desperta seriam insanas? Nós não poderíamos, então, em determinados casos, definir insanidade como uma inabilidade em distinguir qual é a vida desperta e qual é a vida adormecida? Nós geralmente sonhamos sem a mínima suspeita de irrealidade: ‘Dorme-se seu próprio mundo’, e este mundo é muitas vezes mais parecido com a vida que o outro.”
(carroll, Lewis. Trecho de seu diário em 9 de fevereiro de 1856. In: gardner, Martin. The Annotated Alice – Definitive Edition. W. W. Norton & Company, 2000.)
Fonte(s):
http://www.scarium.com.br/noficcao/victo…
De acordo com a História oficial, a expressão “sorrir como um Gato de Cheshire” nasceu muito antes de ser imortalizada pelo escritor. Segundo Martin Gardner, em seu “The Annotated Alice”, existem duas hipóteses para o surgimento desta frase. A primeira defende a idéia de que sua origem se deu através do costume de um pintor de escudos e brasões de retratar, no interior de antigas hospedarias e albergues, leões sorrindo; este pintor seria muito famoso na região de Cheshire – lugar, inclusive, onde o próprio Carroll nasceu–. A segunda hipótese leva em conta um outra origem completamente diversa. Defendida também pelo “Brewer’s Dictionary of Phrase and Fable”, ela nos diz que Cheshire era uma região provavelmente dominada pelo clero, que vivia sob jurisdição quase Real de uma espécie de paladino ou clérigo; em certa ocasião, para divertir-se este governante teve a idéia de mandar que moldassem um queijo na forma de um gato sorrindo. Este era o famoso queijo de Cheshire e, a partir desta data, “sorrir como um Gato de Cheshire” tornou-se uma frase bastante comum na Inglaterra e passou a caracterizar a imagem de um largo sorriso de uma ponta à outra da cabeça. Gardner, a esta altura, cita o Dr. Phyllis Greenace, em um de seus estudos psico-analíticos sobre a origem das metáforas do criador de Alice. Referindo-se ao queijo de Cheshire, o Dr. Greenace diz: “Esta (hipóstese) tem um peculiar apelo Carrolliano, pois provoca a fantasia de que o gato de queijo pode comer o rato que iria come-lo.”.
A partir daí, podemos identificar o jogo de palavras e idéias de que se utiliza Lewis Carroll em sua obra. Em um determinado momento, nota-se o diálogo entre Alice e a Duquesa:
“Por favor, poderia me dizer (...) por que é que seu gato sorri desse jeito?”
“Ora, é um gato de Cheshire, (...) e é por isso.”
“Não sabia que todos os gatos de Cheshire sempre sorriam, na verdade, eu não sabia sequer que um gato pode sorrir.”
“Todos eles podem, (...) e a maioria deles o faz.”
Um artigo escrito por John H. Lienhard para a página na internet “Engines of our ingenuity” define bem esta comparação que tentamos fazer:
“Os físicos agonizam enquanto o Gato de Cheshire senta e sorri.
Eles tentam escrever funções de onda para os gatos e a radiação gama. Mas eles concluem coisas patéticas: talvez o gato na caixa fechada esteja tanto vivo quanto morto, ao mesmo tempo. Steven Hawking, o físico que escreve sobre buracos negros da sua cadeira-de-rodas, joga suas mãos para os céus e chora: ‘Quando eu ouço sobre o Gato de Schrödinger, eu tento procurar minha arma.’
“(...) Isto nos leva a pensar que os cientistas estão realmente mais interligados com o mundo que eles observam do que eles próprios gostariam de estar.”
O mesmo artigo ainda nos traz a impressão do filósofo Abner Shimony:
“Sistemas físicos não podem ser ditos como tendo propriedades definidas independentemente das nossas observações.”
Com efeito, este é um ponto relevante das experimentações de Erwin Schrödinger. Deste apontamento, portanto, podemos tirar a síntese de toda esta proposição, ou seja, cada sistema físico possui propriedades definidas de acordo com o seu observador, isto é, para cada observação, temos um resultado diferente. Por conseguinte, o observador não, simplesmente, interage com o experimento, ele o define; formula o seu próprio resultado.
Em uma adaptação de “The Nursery Alice”, versão de Carroll direcionada às crianças de menos idade, um curioso contador que inexiste no original “Alice’s adventures in Wonderland” e que, provavelmente, seria o próprio escritor, narra a história sob a forma de um diálogo entre ele e uma criança. Nesta versão, uma passagem inusitada:
“Verdade que Alice está muito formal, com a cabeça levantada e as mãos para trás, como se fora recitar uma lição para o Gato?
“(...) Completamente só, sozinha! Pobre Alice! Nem um Bebê, nem sequer um Lacaio para fazer-lhe companhia!
“Assim, eu posso crer que se alegrou muitíssimo quando viu o Gato de Cheshire, no alto de um galho de árvore.
“O Gato tinha um sorriso agradável; mas ao fita-lo: ‘quantos dentes ele tem!’ Não achas que Alice ficou com um pouco de medo dele?
“Pois sim, um pouquinho. Mas é claro que tu sabes que ele não poderia deixar de ter dentes: e para deixar de sorrir teria de estar de mau humor. De maneira que, tendo tudo em conta, Alice o preferia assim mesmo.”
“Sorrir como um Gato de Cheshire”, entretanto, pode conter uma boa dose de poesia. Hans Haverman, em carta escrita ao principal pesquisador de “Alice”, Martin Gardner, sugere que os desaparecimentos do Gato poderiam derivar das fases lunares. Em seus quatro estágios, a Lua sempre sempre manteve uma associação com os lunáticos e, em seu quarto minguante, em especial, apropria-se da forma de um sorriso antes de sumir dos céus em Lua Nova.
É improvável que consigamos, depois de anos e anos, estabelecer com certeza absoluta a origem desta expressão. Fato é que, ainda hoje, ela desperta muita curiosidade. E as comparações entre os dois gatos continuam sendo inevitáveis.
“Se uma árvore cai em uma floresta, e ninguém está lá, ainda assim haverá algum som?”
O conceito que envolve esta pergunta é exatamente o mesmo que quis provar Schrödinger, i.e., a energia radiativa é completamente aleatória. Para o cientista, cada átomo existe em dois estados simultaneamente, a saber: integrado e desintegrado. No instante em que tomamos a decisão de observar aquela partícula, ela será obrigada a assumir um dos dois estados e não mais de um. Ou seja, o átomo originalmente em dois estados terá de se colapsar. Mas até que observemos o que está se passando, a partícula ainda manterá sua existência em dois universos distintos: o da integração e o da não-integração. Deste modo, o gás venenoso manterá também seus dois estados: contido e liberado; e o gato, por sua vez, permanecerá vivo e morto.
Existem correntes, no entanto, que pensam de um forma mais elaborada: não é a partícula que colapsa quando observada, e sim o seu observador. Ou seja, é o observador que troca de universo quando faz sua observação. O gato, então, poderia continuar vivo mesmo que o gás fosse ativado, só que em outra dimensão. As teorias de Schrödinger revolucionaram a física dos muitos mundos, foi através delas que os cientistas contemporâneos desenvolveram o conceito de Multiverso, ao invés, do Universo. E nesta idéia, não apenas a humanidade, mas todo o nosso cosmo seria apenas um grão de areia. Marcelo Ferroni, em reportagem publicada na revista de ciência “Galileu”, a respeito desta questão, escreve: “Se você já se acostumou com a idéia de que a Terra é um grão de poeira na imensidão do Universo, prepare-se para exigir muito mais da sua humildade.”
David M. Harrison, do Departamento de Física da Universidade de Toronto, no Canadá, nos relata uma passagem divertida em um artigo publicado na internet na página “Upscale”:
“Einstein nunca aceitou a Mecânica Quântica, e esta parte da teoria é uma de suas razões. Ele sintetizou suas objeções dizendo: ‘Deus não joga dados com o universo’. [O físico dinamarquês Niels] Bohr respondeu ‘Pare de dizer a Deus o que fazer!’
“O Deus de Einstein pode não jogar dados, mas existem outras visões de divindade. Por exemplo, no [livro sagrado hindu] Bhagavad-Gîtâ Krishna fala:
“’Eu sou o jogo de dados. Eu sou o eu centrado no coração de todos os seres.’”
A proposição do Gato de Carroll nos transmite um conceito deveras similar. Novamente transcrevendo os apontamentos de Gardner, “há uma passagem no [livro sagrado hebraico] Talmud que fala: ‘Se você não sabe aonde está indo, então qualquer estrada o levará lá.’” Agora, comparando este trecho com o que o Gato e Alice conversam:
“Você poderia me dizer, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
“Isto depende bastante de onde você quer chegar (...).
“Eu não me importo muito com isso (...).
“Então não importa muito que caminho você irá tomar.”
As semelhanças são realmente intrigantes. E não param por aí. Neste ponto, a loucura do Gato toma aspectos de uma lógica inacreditável. Em seu último comentário a respeito do Gato de Cheshire, o estudioso Martin Gardner indica a existência da Matemática no pensamento de Alice. Ela diz:
“Bem, eu já vi algumas vezes um gato seu um sorriso (...), mas um sorriso sem um gato?! Esta é a coisa mais curiosa que já em toda a minha vida.”
Sobre esta expressão, “um sorriso sem um gato”, o mesmo estudioso nos comenta:
“A frase ‘um sorriso sem um gato’ não é uma má descrição de pura matemática. Embora os teoremas matemáticos possa, algumas vezes ser úteis em aplicações práticas, eles próprios são abstrações que pertencem a uma outra realidade ‘distante das paixões humanas’, como diria Bertrand Russel em um de suas passagens memoráveis, ‘distante inclusive dos fatos pitorescos da Natureza... um cosmos ordenado, onde o pensamento puro pode duelar como em seu lar natural, e onde, ao menos, um dos nossos mais nobres impulsos pode escapar do triste exíguo do mundo atual.’”
A despeito do privilégio e da genialidade do Gato, a própria Alice, em certa altura, afirma: “Um Gato pode olhar para um Rei.” Este é um famoso provérbio. Sua moral é que alguns inferiores, em presença de autoridades ou seus superiores, gozam de certas vantagens.
Em um capítulo mais adiante, Lewis Carroll confronta talvez os dois seres mais poderosos em seu extraordinário mundo: a Rainha de Copas e o Gato de Cheshire. O impasse, na verdade, tem início quando o Reio de Copas pega Alice dialogando com o Gato. Os desacatos do animal irritam profundamente o acovardado Rei, que acaba pedindo providências à Rainha. O resultado é que o Gato é sentenciado à pena máxima: perder a cabeça. O executor, entretanto, nunca havia se deparado com um réu que, de fato, tinha cabeça e o dilema está criado. Esta seqüência nos mostra o quão importante é o bichano na história de Alice. O Gato pode zombar da família real, não pode ser morto e tem poderes sobrenaturais.
No instante em que o executor, o Rei e a Rainha chegam a uma conclusão, o animal torna a desaparecer lentamente deixando apenas sua cabeça e, em seguida, seu sorriso. Essa seria uma clara demonstração de que o Gato de Cheshire é peça-chave na trama. Assim como ele, o Gato de Schrödinger não pode ser morto. Uma vez morto, a experiência não teria efeito.
A bem da verdade, Carroll estabelece, como com todos os demais personagens, um elo entre o real e o imaginário, propondo ligações entre o Gato de Cheshire e Dinah, a verdadeira gata da menina Alice Liddell. Da mesma forma que a pequena Alice Liddell deveria confidenciar seus segredos à gata Dinah, assim o faz a Alice faz-de-conta. Em sua ilustração original, John Tenniel busca sobrepor o Gato aos demais personagens, evidenciando sua condição.
O Gato de Cheshire está, pois, acima do bem e do mal, ele é vida consciência. O imaginário Gato de Schrödinger, por sua vez, é também um conceito de realidade ultra-dimensional, ou ainda, de espírito: ele existe e não existe, vive e morre, etc. Sob um ponto de vista teosófico, esses dois animais são a perfeita definição do conceito de dualidade universal, da polaridade divina, do equilíbrio estático e do equilíbrio dinâmico...
“Questão: quando nós estamos sonhando e, como comumente acontece, temos um ofuscado senso consciente do fato e tentamos acordar, nós não falamos e fazemos coisas que na vida desperta seriam insanas? Nós não poderíamos, então, em determinados casos, definir insanidade como uma inabilidade em distinguir qual é a vida desperta e qual é a vida adormecida? Nós geralmente sonhamos sem a mínima suspeita de irrealidade: ‘Dorme-se seu próprio mundo’, e este mundo é muitas vezes mais parecido com a vida que o outro.”
(carroll, Lewis. Trecho de seu diário em 9 de fevereiro de 1856. In: gardner, Martin. The Annotated Alice – Definitive Edition. W. W. Norton & Company, 2000.)
Fonte(s):
http://www.scarium.com.br/noficcao/victo…
04 junho, 2010
Do tipo intimista de dar medo.
me comprometi a esquecer das coisas justamente pelo fato delas me consumirem até os ossos
acho que eu nao sou dessas pessoas que vive rindo do passado depois
talvez todo mundo diga isso e seja uma grande mentira
eu sinto as coisas como se fosse ontem
e não é que eu não me arrependa de nada
é que eu me arrependo de tudo mesmo
aquela coisa de escolha, de fazer de tudo um nada
não lembro de querer ficar feliz tambem
só o contrario
me dava um pouco de conforto
hoje eu evito bastante
dificil aguentar as pontas quando tá meio baquiado
vc se torna muito vulneravel
por isso prefiro viver nesse meu alzheimer
...
acho que eu nao sou dessas pessoas que vive rindo do passado depois
talvez todo mundo diga isso e seja uma grande mentira
eu sinto as coisas como se fosse ontem
e não é que eu não me arrependa de nada
é que eu me arrependo de tudo mesmo
aquela coisa de escolha, de fazer de tudo um nada
não lembro de querer ficar feliz tambem
só o contrario
me dava um pouco de conforto
hoje eu evito bastante
dificil aguentar as pontas quando tá meio baquiado
vc se torna muito vulneravel
por isso prefiro viver nesse meu alzheimer
...
15 abril, 2010
17 fevereiro, 2010
Nothing Sweet About Me... yeah ! diz:
Você.
< diz:
voceu.
Nothing Sweet About Me... yeah ! diz:
.
< diz:
vô
ceú
azul...
Não enche. diz:
como vc consegue ter toda essa percepção hein...
Não enche. diz:
sério.
< diz:
nao, nao sou sério..
Não enche. diz:
Eu não sei como vc consegue transformar tudo em poesia.
< diz:
sou seu.
< diz:
nao sé rio.,
não se ria...
eu sou poesia.
< diz:
...
< diz:
eu sou uma flor. sou voceu azul...
Não enche. diz:
Isso é lindo.
< diz:
nao, voce é linda.
< diz:
isso é só fenomeno, vc é a origem.
Não enche. diz:
É lindo que assusta sem dar medo.
< diz:
a musa.
a musa mais linda que ja tive...
parece que fiz vocêu.
< diz:
Você.
< diz:
voceu.
Nothing Sweet About Me... yeah ! diz:
.
< diz:
vô
ceú
azul...
Não enche. diz:
como vc consegue ter toda essa percepção hein...
Não enche. diz:
sério.
< diz:
nao, nao sou sério..
Não enche. diz:
Eu não sei como vc consegue transformar tudo em poesia.
< diz:
sou seu.
< diz:
nao sé rio.,
não se ria...
eu sou poesia.
< diz:
...
< diz:
eu sou uma flor. sou voceu azul...
Não enche. diz:
Isso é lindo.
< diz:
nao, voce é linda.
< diz:
isso é só fenomeno, vc é a origem.
Não enche. diz:
É lindo que assusta sem dar medo.
< diz:
a musa.
a musa mais linda que ja tive...
parece que fiz vocêu.
< diz:
15 fevereiro, 2010
Souvenirs d'un autre monde
E assim você vai pesando as 'idéias das coisas' e elas se anulam porque simplesmente não existem.. e sem as coisas a gente sequer é nada.
São como o cair da chuva sem que exista nada pra ver sua música, sentir sua dança, ou que perceba anteriormente o céu se fechando.. nada que escute o barulho dos trovões.
Eu não sei mais quem usa ou não de demagogia barata comigo, eu só não quero mais que as pessoas continuem me forçando a acreditar no mundo das possibilidades. A gente criou isso tudo pra se satisfazer, é uma convicção que chega a ser pior que fé. Dá nojo.
O que existe é loucura, e a nossa realidade sim é um absurdo. A verdade não depende de nós, e é incostante demais. Senão for pela busca a verdade, me diz: Por quê ?
São como o cair da chuva sem que exista nada pra ver sua música, sentir sua dança, ou que perceba anteriormente o céu se fechando.. nada que escute o barulho dos trovões.
Eu não sei mais quem usa ou não de demagogia barata comigo, eu só não quero mais que as pessoas continuem me forçando a acreditar no mundo das possibilidades. A gente criou isso tudo pra se satisfazer, é uma convicção que chega a ser pior que fé. Dá nojo.
O que existe é loucura, e a nossa realidade sim é um absurdo. A verdade não depende de nós, e é incostante demais. Senão for pela busca a verdade, me diz: Por quê ?
13 janeiro, 2010
Caos
Mari diz:
ahh eu nem tento
sabe o que eu queria
ser Deus
não pra ajudar alguem
pra ser boazinha
ou essas coisas
mas sim pra ser perfeita
pq se eu fosse perfeita eu ia fazer tudo certo
e num ia machucar ninguem
nunca
☥ Damnuza . diz:
é por isso que esse seu deus não existe Mariana
porque o perfeito existe mas não tá contido em favorecer pessoas
- Mari diz:
mais tinha ke existir caramba
tinha ki existir
☥ Damnuza . diz:
a justiça não existe
tampouco a benevolencia, malevolencia
eu sei que a vontade que exista é grande
isso me frustra demais
e eu sei que meu fim vai ser de loucura só sabe
mas a vida não tem sentido mesmo
e se tem algo perfeito é ela
um ciclo perfeito
inquebravel
e isso pras nossas ambições humanas não é bom
a gente não tem controle de nada
a gente nunca vai acertar nada
pq ninguem sabe o que é certo
alem de nascer e morrer
nascer, fazer mais de nós, pra no fim virarmos adubo pra terra, que fazem nascer plantas que alimentam outros animais como nós
a natureza não se importa com seus amores
suas conquistas profissionais
suas perdas
somos animais que ficaram doentes
entende /
a gente deve ser sacrificado por isso
- Mari diz:
ta
é o maximo que eu posso dizer.
ahh eu nem tento
sabe o que eu queria
ser Deus
não pra ajudar alguem
pra ser boazinha
ou essas coisas
mas sim pra ser perfeita
pq se eu fosse perfeita eu ia fazer tudo certo
e num ia machucar ninguem
nunca
☥ Damnuza . diz:
é por isso que esse seu deus não existe Mariana
porque o perfeito existe mas não tá contido em favorecer pessoas
- Mari diz:
mais tinha ke existir caramba
tinha ki existir
☥ Damnuza . diz:
a justiça não existe
tampouco a benevolencia, malevolencia
eu sei que a vontade que exista é grande
isso me frustra demais
e eu sei que meu fim vai ser de loucura só sabe
mas a vida não tem sentido mesmo
e se tem algo perfeito é ela
um ciclo perfeito
inquebravel
e isso pras nossas ambições humanas não é bom
a gente não tem controle de nada
a gente nunca vai acertar nada
pq ninguem sabe o que é certo
alem de nascer e morrer
nascer, fazer mais de nós, pra no fim virarmos adubo pra terra, que fazem nascer plantas que alimentam outros animais como nós
a natureza não se importa com seus amores
suas conquistas profissionais
suas perdas
somos animais que ficaram doentes
entende /
a gente deve ser sacrificado por isso
- Mari diz:
ta
é o maximo que eu posso dizer.
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